
O Brasil tem 135 espécies comestíveis catalogadas. No mundo são cerca de duas mil que já são consumidas.
Insetos comestíveis estiveram entre as novidades apresentadas durante a 2ª edição do Foodtech Summit, que teve mais um dia de atividades nesta quinta-feira (30), no Boulevard Encantado, em Encantado. A iguaria foi apresentada pela Insect Protein, que é de Campo Bom.
Conforme o representante da empresa, Mauro Ávila da Silva, a ideia nasceu em 2021, durante a pandemia. Os insetos são fornecidos para empresas que transformam a matéria-prima. “A nossa proteína pode ir para qualquer animal não ruminante, que é o que permite o Ministério da Agricultura, inclusive nós somos a única empresa no Brasil que tem certificação do Ministério da Agricultura para trabalhar com o Tenebrio Molitor, que é o nosso inseto”, explica.
Na conversa com o jornalista Tércio Saccol, Adriana vai apresentar o trabalho desenvolvido pela Insect Protein, empresa sediada no Feevale Techpark, em Campo Bom. A startup aposta em biotecnologia e economia circular para transformar insetos comestíveis — mais especificamente o Tenebrio molitor — em insumos ecológicos voltados à nutrição animal e à agricultura orgânica.
Silva relata que a empresa atua no mercado de Pet Food, onde os principais clientes são os cães alérgicos. “Hoje, boa parte do nosso produto acaba saindo para tutores que manipulam a comida do seu pet em casa, porque ele é alérgico e não pode comer as rações tradicionais ou que manda para uma empresa de comida natural para que ela manipule. Fora isso, temos um biscoito hipoalergênico que estamos lançando no mercado, mas, além disso, a proteína também pode ser usada em rações”, declara.

De acordo com o empresário, o Brasil tem 135 espécies comestíveis catalogadas. No mundo são cerca de duas mil que já são consumidas. Outra informação importante é que o Tenebrio Molitor tem, no mínimo, 50% de proteína bruta. “Em um quilo de inseto desidratado, tem meio quilo só de proteína”, destaca.
“É um superalimento que não sofre nenhum processo de transformação complexo. Ele simplesmente é abatido por congelamento e depois é desidratado numa desidratadora de frutas durante um tempo, numa temperatura específica, para depois poder ser consumido”, complementa.
Foodtech Summit
O FoodTech Summit iniciou na quarta-feira (29), com uma visita técnica na Docile. O evento promoveu dois dias de imersão em conexões, conhecimentos e oportunidades de negócios para o ecossistema de alimentos, inovação e tecnologia. A iniciativa foi uma realização do Sebrae RS, por meio do projeto FoodTech RS.
O Summit foi estruturado para atender desde empresas tradicionais do setor alimentício até foodtechs (startups da cadeia de alimentação), investidores, pesquisadores e reguladores. A programação incluiu visitas técnicas a empresas da região, palestras sobre mercado, captação de investimentos e regulação de produtos, além de um momento de confraternização.
Fonte: Independente / Elisangela Favaretto
Publicação original:
Empresa de Campo Bom apresenta insetos comestíveis durante a 2ª edição do Foodtech Summit, em Encantado









































