Startup gaúcha, a Insect Protein conseguiu autorização do Ministério da Agricultura para produzir e comercializar a farinha que produz a partir da larva do besouro Tenebrio Molitor para ser usada em ração animal, inclusive os de estimação. Até então, só podia ser vendida para teste. Considerado uma praga em lavouras de trigo, o inseto também é insumo de fertilizantes. O objetivo é oferecer proteína, com a garantia de menor uso água e energia.
– A larva tem mais de 50% de proteína. Poderemos vender para as indústrias de rações. Logo teremos produtos à venda com a nossa proteína de insetos. – diz a fundadora da empresa Adriana Bender, que comemorou a conquista participando do South Summit, em Porto Alegre.
A Insect Protein – Ingredientes Sustentáveis já tem uma parceira em Santa Catarina que desenvolverá a ração com o seu ingrediente. Há, ainda, uma fábrica de ração natural em Novo Hamburgo que estava esperando somente a autorização para lançar um produto.
Os besouros são criados em bandejas, em uma espécie de “fazenda vertical”. O inseto fica em cima do farelo de trigo, que é a cama e o alimento dele. É acrescentada apenas a fonte de umidade, que são vegetais e legumes que os humanos já não comem. O Tenebrio Molitor veio da Europa em cargas de trigo e é tratado como praga, combatido nos moinhos.