Cientistas da Universidade de York, no Reino Unido, acreditam que proteínas pouco exploradas se tornarão a base alimentar da humanidade em 30 anos.

Ingerir proteína nas refeições é a recomendação de médicos e nutricionistas em uma dieta equilibrada. Além das fontes tradicionais, outras alternativas ajudam a controlar a ingestão diária do nutriente. No futuro, carne de laboratório e insetos, como larvas da farinha, grilos e gafanhotos, podem cumprir esta função.

É isso que sugere um novo estudo realizado por cientistas da Universidade de York, no Reino Unido. Eles afirmam que estes ingredientes, ainda pouco explorados, principalmente no Ocidente, serão a base alimentar da humanidade até 2054.

“Nos últimos 30 anos, vimos avanços científicos em produtos mais sustentáveis que eram inimagináveis para a maioria em 1994. Produtos derivados de culturas de plantas, como glúten de trigo ou leguminosas, ou cultivados a partir de tecidos animais, estão na lista”, destaca o professor Bob Doherty.

A pesquisa aponta que as dietas seguirão necessitando de proteínas, carboidratos e legumes e verduras. Mas, no caso das proteínas, as substituições serão por carnes cultivadas em laboratório, e não mais apenas provenientes de abates de bovinos, suínos ou aves.

Uma das razões são as mudanças climáticas. Na pesquisa da Universidade de York, 70 mil pessoas foram entrevistadas sobre o impacto que a produção de alimentos, como a carne, impactam o mundo, e 72% revelaram preocupação com os próximos anos.

A carne de laboratório, por exemplo, encaixa no padrão da sustentabilidade por não emitir gases nocivos ao ambiente e não usar o solo e a água, diferente da atividade pecuária.

Conforme a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), do total das emissões de gases do efeito estufa pelo rebanho global, 44% são na forma de metano, 29% correspondem ao óxido nitroso e 27% ao dióxido de carbono.

Já no caso da inclusão dos insetos, a explicação está no valor nutricional que possuem e oferecem a quem os consome, como energia, gordura, proteína e fibras, sendo alternativa às carnes convencionais. A FAO completa que, dependendo do animal, também podem ser fontes de três micronutrientes: zinco, cálcio e ferro.

Para o professor Doherty, as alterações climáticas vão continuar impactando o planeta, mas a mudança sobre a produção local também será vista.

“À medida que enfrentamos os desafios das mudanças climáticas, precisamos abraçar inovações para garantir que possamos alimentar uma população crescente de maneira sustentável”, finaliza ele.

FONTE:  Globo Rural / Daniela Walzburiech

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